Mercantilismo foi o conjunto de práticas
econômicas praticadas na Europa na idade moderna
Entre o
século XV e o final do século XVIII, a Europa passou por grandes transformações.
O mundo medieval estava sendo substituído por novas organizações políticas,
econômicas e culturais. O advento das grandes navegações foi fundamental para
modificar as noções de mundo dos povos europeus, que passaram a utilizar ao
máximo de seus recursos. Assim, a economia recebeu novas características com o
objetivo de enriquecimento dos estados nacionais modernos.
O Mercantilismo
é marcado, pela intervenção do Estado na economia. Durante aproximadamente três
séculos foi à prática econômica principal adotada pelos países europeus, o que
só seria quebrado com o questionamento sobre a interferência do Estado na
economia e o consequente advento das ideias liberais. Em resumo, o
Mercantilismo era o conjunto de ideias econômicas que considerava a riqueza do
Estado baseada na quantidade de capital que teriam guardado em seus cofres.
A origem
de tal prática econômica se da quando a Europa estava com grande falta de matais preciosos ou
seja, ouro e prata. Faltava dinheiro para atender às demandas do comércio.
Naquela época, havia a crença de que a riqueza das nações estava na quantidade
de ouro e prata que tinha acumulado. Mas, como aconteceu na América, nem sempre
era possível achar fontes diretas de metal precioso para abastecimento dos
cofres dos Estados europeus. Então, a saída era acumular ouro e prata através
do comércio, que recebeu uma série de características para atender essa
necessidade.
Três
medidas básicas faziam parte do Mercantilismo, eram elas: o bulionismo ou metalismo, o colbertismo ou balança
comercial favorável e o mercantilismo comercial e marítimo. A primeira
delas é a base maior do Mercantilismo, corresponde ao acúmulo de metais
preciosos. A balança comercial favorável é também chamada de colbertismo.
Recebeu este nome por causa do ministro de finanças franças de nome Jean-Baptiste
Colbert, o qual foi o principal impulsionador das ideias mercantilistas em
seu país. A medida que também recebeu seu nome caracteriza-se por fazer com que
o Estado exportasse mais do que importasse, mantendo, assim, a chamada balança
comercial favorável. Por fim, o mercantilismo comercial e marítimo refere-se à
aposta feita pelos Estados Nacionais europeus no acúmulo de riquezas
provenientes do comércio marítimo. As grandes navegações impulsionaram grandes
capacidades comerciais, permitindo comprar, vender e negociar produtos em
diferentes lugares, proporcionando o aumento de escalas na economia.
O Mercantilismo também é muito
identificado pela forte intervenção do Estado na economia, como já dito. Os
Estados ricos e com economias mais solidificadas impunham rígidas normas para
defender seus interesses. O consumo interno era controlado por práticas
protecionistas que também se empenhavam em desenvolver indústrias locais.
Enquanto isso, a colonização se encarregava de explorar novos territórios para
garantir o acesso a matérias-primas e um canal para o escoamento dos produtos
gerados nas metrópoles. O Mercantilismo só seria contestado a partir da segunda
metade do século XVIII e a principal ideologia econômica que o substituiria
seria o liberalismo.
Fonte:
HUNT, E. K. História do Pensamento Econômico. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
HUNT, E. K. História do Pensamento Econômico. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
1 comentários:
O mercantilismo era um conjunto de praticas, que como se pode ver não beneficiava os estados pobre, ele visava à proteção aos bens dos estados com maior quantidade de poder, e é claro o aumento dessa riqueza, pois a pratica mercantilista permitia com que os estados ricos determinassem normas que defendessem seus interesses, controlando assim o consumo interno, e desenvolvendo indústrias locais, para uma maior geração de lucro.
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