O
Desenvolvimento Industrial, e a Concentração do Capital
A
primeira metade do século XIX foi caracterizada pelo capitalismo liberal e pelo
"laissez-faire". A Inglaterra, pioneira no processo de
industrialização, proclamou-se a "oficina do mundo", defendendo a
liberdade de vender seus produtos em qualquer país, sem barreiras
alfandegárias, bem como o livre acesso às fontes de matérias primas.
A partir
de meados do século, o desenvolvimento tecnológico levou ao surgimento de novos
métodos de obtenção do aço, produzindo um material mais resistente e maleável,
utilizado em máquinas, na construção civil, nos transportes e em objetos de uso
corrente. Novas fontes de energia, como o gás e a eletricidade, substituíram
gradativamente o vapor. Vários tipos de motor de combustão interna (a gás, a
óleo ou a gasolina) possibilitaram o aperfeiçoamento dos meios de transporte
(navio, trem, automóvel). Desenvolveram-se as siderúrgicas, a metalurgia a
mecânica pesada, a indústria petrolífera, o setor ferroviário e de
telecomunicações (telégrafo, telefone e rádio).
0 aumento
da mecanização e da divisão do trabalho nas fábricas permitiram a produção em
massa, reduzindo os custos por unidade e incentivando o consumo. A cada
progresso técnico introduzido, os países industrializados alargavam o mercado interno
e conquistavam novos mercados externos. A riqueza acumulava-se nas mãos da
burguesia industrial, comercial e financeira desses países. Ela não representou
o fim da miséria dos trabalhadores, que continuavam submetidos a baixos
salários, mas contribuiu para a elevação geral do nível de vida.
Os
avanços técnico-científicos exigiam a aplicação de capitais em larga escala,
produzindo fortes modificações na organização e na administração das empresas.
As pequenas e médias firmas de tipo individual. e familiar cederam lugar aos
grandes complexos industriais. Multiplicaram-se as empresas de "sociedade
por ações" ou "sociedade anônima" de capital dividido entre
milhares de acionistas, permitindo a captação da poupança de pequenos investidores,
bem como associações e fusões entre empresas.
Esse
processo ocorreu também nos bancos: um número restrito deles foi substituindo a
multidão de pequenas casas bancárias existentes. Ao mesmo tempo, houve uma
aproximação das indústrias com os bancos, pela necessidade de créditos para
investimentos e pela transformação das empresas em sociedades anônimas, cujas
ações eram negociadas pelos bancos. 0 capital industrial, associado assim ao
capital bancário, transformou-se em capital financeiro, controlado por poucas
grandes organizações.
A
expansão do sistema capitalista conviveu com crises econômica que ocorreram com
uma certa regularidade no século XIX e também posteriormente, sendo
consideradas naturais pelos economistas liberais, Tais crises, de modo geral,
obedeciam ao seguinte ciclo: a uma fase de alta de preços, salários, taxas de
juros e lucros, acontecia a falência de uma ou de várias empresas e bancos
incapazes de saldar seus compromissos, devido a má administração, a especulação
ou a qualquer outro fator.
A
falência afetava a confiança do público e dos acionistas de outras empresas e
bancos, reduzindo o consumo e o investimento. As indústrias diminuíam o ritmo
da produção, caíam o emprego e o poder de compra da população, acarretando
novas baixas de preços, lucros e mais falências. Quando os estoques de produtos
esgotavam-se, a produção ré tomava lentamente o crescimento, com um menor
número de empresas e ma ior concentração do capital, restabelecendo o
equilíbrio do sistema.
fonte:
www.infoescola.com.br
1 comentários:
É ai que tudo começa a evoluir, segundo alguns, indústrias, maquinas substituindo a mão humana, maior produção, mais lucro, porém o trabalhador esta trabalhando mais e recebendo menos, tendo que pagar mais impostos, e vivendo em situações precárias.
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